A próxima revolução da TV aberta no Brasil já tem nome e data para começar. O novo padrão TV 3.0, anunciado pelo governo federal, promete transformar a forma como os brasileiros assistem televisão, unindo o sinal tradicional de antena à conectividade da internet.
Assim como ocorreu na transição da TV analógica para a digital, será necessário algum tipo de adaptação. Televisores atuais precisarão de conversores compatíveis, enquanto os novos modelos deverão sair de fábrica já com a tecnologia integrada, incluindo antenas embutidas ou adaptáveis.
Apesar da mudança, o governo prevê um longo período de transição, estimado em até 15 anos. Nesse tempo, o sinal digital atual continuará funcionando normalmente, e quem não quiser trocar de TV ou adquirir o conversor ainda poderá assistir aos canais abertos. Há também estudos para a criação de um programa público de distribuição de conversores, semelhante ao “Seja Digital”, que auxiliou famílias durante o desligamento do sinal analógico.
Interface e experiência renovadas
Uma das maiores transformações será na forma de acessar os canais. A busca por números será substituída por ícones e aplicativos individuais de emissoras, visíveis diretamente na tela inicial da TV. A promessa é oferecer uma navegação mais moderna, próxima da experiência dos serviços de streaming, mas sem custo adicional e sem depender exclusivamente da internet.
Quando conectada, a TV 3.0 trará novos recursos, como enquetes e votações em tempo real, escolha de câmeras em transmissões esportivas, acesso a conteúdos sob demanda e até compras diretas pela TV.
Integração com serviços públicos
Além do entretenimento, o novo sistema também servirá como canal de acesso a serviços do governo. A chamada “Plataforma Comum de Comunicação Pública e Governo Digital” vai permitir o uso de serviços online diretamente pela TV, com aplicativos de entidades públicas dos três Poderes.
Qualidade de imagem e som
A evolução técnica também será significativa. O novo padrão trará transmissões em 4K e, em alguns casos, compatibilidade com 8K, quando houver internet e aparelhos adequados. As imagens terão suporte a alto alcance dinâmico (HDR), com maior contraste e fidelidade de cores.
A frequência de quadros passará de 30 para 60 por segundo, o que garante movimentos mais suaves, enquanto o áudio poderá ter até 10 canais, criando um som surround mais imersivo.
Lançamento e cronograma
O início da implantação está previsto para 2026, começando pelas grandes capitais. A estreia coincidirá com a próxima Copa do Mundo, evento que tradicionalmente impulsiona a venda de televisores e a adoção de novas tecnologias.
Durante os anos seguintes, a cobertura será ampliada gradualmente até que o padrão atual seja completamente substituído. A estimativa é que a migração total leve até 15 anos.
📡 Redação MundoTelebr – Tecnologia, Negócios e Conectividade



