A pandemia do coronavírus impactou todos os setores da nossa economia. Enquanto alguns setores, como varejo e turismo, sofreram grandes golpes ao terem que fechar as portas durante o pico da doença, outros segmentos conseguiram se estabelecer e até expandir seus resultados nesses últimos meses.
O setor de tecnologia é um desses exemplos. Com muitas empresas acelerando o seu processo de transformação digital, soluções voltadas à internet ganharam espaço e se tornaram extremamente necessárias para a sobrevivência de qualquer modelo de negócio. Além disso, com mais pessoas trabalhando em home office, houve maior procura e utilização das soluções de conexão domiciliar.
A partir desse crescimento, o mercado de ISPs conseguiu se manter aquecido e até aumentar a geração de receita e de novos negócios. Para quem é novo aqui no blog e não está tão familiarizado com esse termo, ISP é a abreviatura para “Internet Service Provider” e se refere a qualquer organização que ofereça os serviços de acesso à rede.
O segmento de ISPs possui um perfil de atacado e concentra vendas superiores e mais pontuais, ou seja, não é um atendimento pulverizado. Esse modelo facilita a ação comercial e técnica das operadoras de internet, já que consegue ser mais concentrado e direcionado nas exigências de cada um dos seus clientes.
Uma tendência que já se observa há bastante tempo é a consolidação dos pequenos e médios provedores regionais, que acabam sendo adquiridos por empresas ou fundos de investimentos com o objetivo de formar ISPs maiores. Essa é uma ótima oportunidade já que essas grandes companhias sempre estão focadas em construir redes de acessos e precisam de soluções que consigam suprir essa demanda.
Para dar uma ideia de todo esse crescimento, o mercado regional é o que mais evolui na banda larga fixa no Brasil. Segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), O Brasil alcançou 32,91 milhões de domicílios com acesso à Banda Larga Fixa em dezembro de 2019 e foram instalados 11,1 milhões de pontos de internet fixa à domicílios em 2019. Com boa parte das conexões sendo realizada por meio de fibra óptica, esse número representa um aumento de 33% em relação ao ano anterior.
Atualmente, já são mais de 9 mil ISPs espalhados pelo país. Eles somaram, no último mês de julho, 12,79 milhões de usuários, o que corresponde a 37% de participação de todo o mercado. Esse dado corresponde ao maior crescimento quantitativo de banda larga fixa, com um acréscimo de mais de 28% em novos contratos sendo fechados no período de 12 meses.
Os ISPs vêm reunindo um aumento significativo de demanda, o que estimula o seu próprio desenvolvimento e maior concorrência no setor. São fatores que mostram a maior profissionalização e estruturação do segmento como um todo, além da indispensabilidade das soluções oferecidas pelas empresas de telecomunicações.
Fonte: Vogel Telecom