Em fevereiro de 2020, o Banco Central no Brasil anunciou uma nova ferramenta que prometia revolucionar e unificar o sistema de pagamentos nacional. Assim nascia o PIX, marca que deve viabilizar pagamentos instantâneos de forma rápida, segura e com custo inferior – tudo feito de forma digital, é claro.
Benefícios do Pix
O Banco Central (BC) destaca sete vantagens do seu novo serviço. São elas: disponibilidade, velocidade, conveniência, segurança, ambiente aberto, diversidade de pagamentos e fluxo de dados com informação agregada. Assim, a solução se torna ideal tanto para pagadores, como para recebedores.
Outro ponto de destaque na novidade é a escolha por trabalhar com uma marca única. Com a intenção de se tornar referência no setor de pagamentos virtuais, o Pix poderá ser usado juntamente com outros prestadores de serviços de pagamentos, como bancos.
Disponível para a população a partir de novembro, o BC pretende alavancar a competitividade e a eficiência do mercado com uma experiência única para os clientes. Considerada uma revolução tecnológica para o mercado financeiro, o serviço ainda serve como base para inovações e propicia o surgimento de novos modelos de negócio.
Como fazer parte
O BC estabeleceu que todas as instituições financeiras e de pagamento com mais de 500 mil contas de clientes ativas serão obrigadas a participar do Pix, ofertando a seus clientes todas as suas funcionalidades de iniciação e de recebimento de pagamentos. As demais instituições também podem participar do Pix desde o seu lançamento, mesmo que ainda não tenham atingido os limites para requerer autorização de funcionamento.
De todo modo, o pré-cadastro do público geral pode ser feito diretamente com a instituição financeira de preferência.
Falta de segurança
Pagamento em tempo real, serviço sempre disponível e transações com custos menores foram os benefícios destacados assim que o PIX foi lançado. Mas recentemente surgiram as primeiras dúvidas sobre a confiabilidade da ferramenta.
O pagamento instantâneo por meio de chaves, número do celular, e-mail CPF, CNPJ, QR Code ou aproximação já mostrou uma brecha para possíveis irregularidades.
Na segunda quinzena de setembro, surgiram os primeiros relatos de golpes envolvendo o Pix. As denúncias mostram que criminosos estavam enviando e-mails de pré-cadastro da ferramenta. O cadastro da Chave Pix também foi usado para levar vítimas a um site falso que roubava diversos dados. Com isso, a agilidade nos pagamentos também passou a ser questionada, já que pode induzir o pagador ao erro. Para tranquilizar os futuros usuários, o diretor do Banco Central, João Manoel Pinho de Mello, afirmou que o PIX é “um meio de pagamento tão seguro quanto outros meios que já existem”.