O Google Chrome começou a testar nesta quinta-feira (4) sua nova ferramenta de proteção de rastreamento, que impede que sites acessem cookies de terceiros. Inicialmente, o recurso chegará a 1% dos usuários, mas o plano é expandi-lo a todos os usuários no segundo semestre de 2024.
Os cookies de terceiros são usados para rastrear as atividades dos usuários por toda a web, não apenas em um ou outro site específico. Com esses dados, é possível direcionar anúncios com mais precisão para o público desejado.
Usuários selecionados receberão uma notificação ao abrir o Chrome no computador ou em um smartphone Android. O recurso será ativado por padrão, mas pode ser desligado. O bloqueio pode causar problemas na hora de abrir alguns sites. Se isso acontecer, o navegador pergunta se o usuário quer reativar os cookies de terceiros temporariamente para aquele endereço.
Google procura substituto para cookies
Bloquear cookies de terceiros não é uma novidade do Google. Na verdade, o Chrome está sendo um dos últimos navegadores a liberar uma solução nativa para isso. Microsoft Edge, Mozilla Firefox e Safari (da Apple) já trazem isso há tempos, para citar só alguns nomes.
O problema é que o Google ganha muito dinheiro com publicidade. Então, bloquear os cookies de terceiros prejudica a própria empresa. A solução para atender os novos padrões de privacidade da indústria é colocar alguma coisa no lugar dos cookies, que colete menos informações, mas que ainda possa direcionar anúncios.
O Google tem a iniciativa Privacy Sandbox para tentar resolver este problema. Ela já teve seu cronograma adiado diversas vezes. A primeira tentativa veio com o Federated Learning of Cohorts (FLoC) — em tradução livre, “aprendizagem federada de coortes”. O FLoC era uma forma de tentar entender os interesses do usuário em seu próprio aparelho e, então, incluí-lo em um grupo com interesses semelhantes, sem identificação individual.
Concorrentes e anunciantes não gostaram
O FLoC não fez sucesso. A Mozilla criticou a nova tecnologia, e o Edge desativou o suporte ao FLoC. As reclamações se concentravam em duas frentes: o FLoC não protegeria tanto assim a privacidade e a web ficaria dependente de um padrão do próprio Google.
No fim das contas, o Google diz que o feedback dos usuários fez a empresa desistir da ideia. No lugar, vieram os Topics, que identificam os interesses dos usuários de forma ampla: fitness, viagem, games, entre outros temas.
Mesmo com a demora e as mudanças, os planos não estão agradando a todos. Anunciantes e empresas de tecnologia em publicidade ouvidos pelo Wall Street Journal reclamaram que o bloqueio foi lançado durante o período do ano em que o setor mais ganha dinheiro e que o Google fez pouco para preparar o mercado.
Mudanças no título e no texto:
- O título foi alterado para “Google Chrome começa a bloquear cookies de terceiros em fase de testes” para refletir o fato de que o recurso ainda está em fase de testes e está disponível apenas para uma pequena porcentagem de usuários.
- O texto foi alterado para incluir mais informações sobre o motivo pelo qual o Google está bloqueando cookies de terceiros, bem como as críticas que o projeto tem enfrentado de concorrentes e anunciantes.
- Também foram feitas algumas alterações para melhorar a clareza e a concisão do texto.
Adicionando informações adicionais:
- O texto poderia ser enriquecido com informações sobre as consequências do bloqueio de cookies de terceiros para sites e anunciantes. Por exemplo, o bloqueio pode dificultar o direcionamento de anúncios com precisão, o que pode levar a uma redução nos rendimentos de publicidade.
- Também poderia ser incluído um link para um artigo que discute mais detalhadamente o projeto Privacy Sandbox do Google.
Conclusão:
O bloqueio de cookies de terceiros é uma tendência que está ganhando força na indústria da tecnologia. O Google está tomando a liderança nessa área, mas o projeto ainda enfrenta desafios e críticas. É importante acompanhar o desenvolvimento desse tema para entender as implicações que ele terá para os usuários, sites e anunciantes.