A BTV, uma das TV Box piratas mais populares do país, deixou de funcionar neste fim de semana e provocou uma onda de reclamações entre usuários. No domingo, dia 30, relatos no Reclame Aqui apontaram falhas generalizadas, com aparelhos apresentando erro 503 e impossibilitando o acesso aos canais e serviços ilegais oferecidos pela plataforma.
As queixas envolvem diversos produtos da linha BTV, desde as tradicionais TV Box até o BTV Stick, semelhante ao Fire TV Stick da Amazon. Paralelamente aos relatos, o site oficial da marca saiu do ar, aumentando as suspeitas de que o serviço tenha sido encerrado.
Ainda não há confirmação oficial sobre o motivo da queda, mas o colapso da BTV ocorre em um momento de operações intensificadas contra a pirataria. Dias antes, serviços ilegais como o My Family Cinema haviam sido derrubados após ações coordenadas na Argentina, apoiadas pela Anatel.
Na página da BTV no Reclame Aqui, mais de 300 reclamações foram registradas sem qualquer resposta. Consumidores afirmam que os produtos perderam todas as funcionalidades, especialmente aqueles que haviam adquirido assinaturas anuais de conteúdo pirata embutidas no dispositivo. Em diferentes regiões do país, os relatos destacam falhas súbitas que começaram no fim de semana.
O Procon-SP reforça que o consumidor pode reclamar, mesmo em caso de serviços ilegais, mas alerta que fornecedores de plataformas piratas tendem a operar com dados falsos para evitar responsabilização. O órgão recomenda que quem identificar ter comprado um produto pirata tente contato com o vendedor e solicite devolução do valor pago. Caso não haja retorno, é possível registrar reclamação formal ou buscar o Judiciário.
Especialistas em direito digital ressaltam que o usuário não pode ser penalizado pelo uso de serviços irregulares, embora exista risco inerente na contratação. Para eles, a queda da BTV evidencia a necessidade de maior conscientização por parte do público e de campanhas mais consistentes de plataformas legais de streaming.
Procurada, a Anatel informou que o combate à pirataria é contínuo e envolve cooperação com órgãos nacionais e internacionais. Na última semana, a Polícia Federal desencadeou mais uma etapa da Operação 404, que bloqueou mais de 500 sites e resultou em prisões no Brasil e na Argentina.
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